É como fazer um trabalho de escola. Você copia, corta, cola. Pela definição dada pelo engenheiro mecânico do Google nos Estados Unidos, Daniel Ratner, parece fácil. É assim que ele explica a montagem dos carros do serviço de mapas Google Street View. Os veÃculos rodam por cidades de diversas partes do mundo.
Em visita a São Paulo, realizada na última sexta-feira (29), Ratner narrou a trajetória de construção do carro que mapeia ruas em 360 graus e as disponibiliza gratuitamente na internet --para acessá-lo, basta ir ao link de mapas da companhia de internet e clicar sobre a área que se deseja ver. Por ora, o serviço está disponÃvel apenas para nove paÃses (dentre eles, EUA, Reino Unido, China e Japão).
Segundo o engenheiro, o serviço funciona por intermédio de fotografias tiradas rápida e simultaneamente, e montadas lado a lado em sequência. Deste modo, dão a impressão de algo multidimensional ao Google Street View.
O software de captação e reprodução das imagens na internet foi desenvolvido pelo próprio Google.
As imagens também recebem tratamento, no melhor "estilo Photoshop". "Há uma equipe voltada apenas para a qualidade do que vai ao ar, conduzida por um gerente de produto. O time de especialistas preza pela qualidade de imagem. Há clareamento, limpeza, mudança de cores", afirma Ratner.
O serviço já foi alvo de polêmicas em paÃses como os do Reino Unido e o Japão. Os crÃticos dizem que a ferramenta viola a privacidade de quem está na rua. O engenheiro rebate: "As imagens passam por um software que retira as placas de carro. Há um trabalho para manter as pessoas anônimas."
Não há data da chegada do Google Street View ao Brasil --sequer a outros paÃses da América do Sul. "Esperamos trazê-lo logo. Dentro de algumas semanas, haverá mais visibilidade sobre as metas do Google para o Brasil", diz o diretor de comunicação do Google Brasil, Felix Ximenes.
O site IDG Now! afirmou, na última sexta-feira (29), que o serviço já está fechado para ser trazido a cidades brasileiras, e que o anúncio será feito nas próximas semanas. Sobre isso, entretanto, o Google diz que prefere não se pronunciar.
Ainda assim, durante o evento do Google em São Paulo, houve um unÃssono por parte dos profissionais da empresa de que não havia previsão para que o serviço chegasse ao Brasil.
"Carrinho de sorvete"
O automóvel usado para o Google Street View, repleto de engenhocas progressivamente reduzidas desde seus primeiros protótipos --que foram criados em 2005--, "migrou" para outro sistema menor, tornando-se um enorme triciclo de 120 quilos, batizado de Google Trike.
"Desde quando o Google Trike foi implementado, as pessoas pedem sorvete [aos condutores]. Acham que somos vendedores", diverte-se Ratner.
Sua primeira volta, de acordo com o engenheiro, foi em uma faixa apenas para pedestres na rua Promenade, em Santa Monica, no Estado da Califórnia (para vê-la no serviço de mapas, digite "3rd st Promenade Santa Monica"). Seu objetivo: "chegar aos lugares onde um carro não tem acesso".
O trajeto do Google Trike também é seguido por um satélite. O triciclo funciona por meio de um sistema de alimentação duplo --ou por baterias com carga máxima de três horas, como um laptop, ou por um gerador bem leve, cuja carga dura um dia inteiro.
Embora assuste pelo seu formato avantajado, o Google Trike não é difÃcil de conduzir, de acordo com o engenheiro. "Pesa menos que três homens juntos", assegura.
E quais foram os locais mais difÃceis para o trajeto do Google Trike? "Os caminhos mais emblemáticos foram os de mountain bike na Europa, que são mais Ãngremes, nos quais a bicicleta vai até onde der para gerar as imagens. A bicicleta do Trike tem 21 marchas. [Por serem territórios planos], Japão e China nunca tiveram problemas".
Num universo fragmentado entre modelos e marcas, a câmera digital em alta nos EUA é um telefone. Apesar da sua resolução de 2 Mpixels e da falta de flash e zoom, o iPhone começa a dar indÃcios de que também ganha território no mundo das câmeras.
O crescimento do iPhone nessa área é um acontecimento novo. Agências de análise nem mesmo produzem dados especÃficos a respeito. Quem dá a pista é o Flickr, o maior site de fotos da rede.
No fim de março, o telefone da Apple aparecia entre as cinco câmeras mais usadas pelos internautas registrados no site, junto com modelos tradicionais e muito mais sofisticados, como a Canon EOS Digital Rebel XTi e a Nikon D80.
Na categoria de câmeras de telefone, o iPhone aparece em primeiro lugar, deixando para trás o Nokia N95 e BlackBerry Storm 9530. O ranking do Flickr registra quais as câmeras mais populares de acordo com o número de fotos batidas por determinado modelo e carregadas nos seus servidores.
Uma comparação entre as vendas de câmeras digitais e do iPhone também mostra o seu potencial para causar impacto no mundo das câmeras.
Segundo o instituto IDC, 38 milhões de câmeras digitais foram vendidas nos EUA em 2008. Apesar do crescimento de 6% em relação ao ano anterior, esse número é dividido entre as centenas de modelos disponÃveis no mercado. No mesmo perÃodo, a Apple vendeu quase 11,5 milhões de iPhones, crescimento de 245%.
O iPhone como câmera não está em alta apenas entre amadores. Chase Jarvis é fotógrafo profissional, com trabalhos para empresas como Reebok e Microsoft. Diariamente, ele posta na sua conta no Facebook pelo menos uma foto tirada com o iPhone. Veja algumas em www.chasejarvis.com.
De Seattle, cidade onde mora, Jarvis falou pelo telefone com a Folha e sintetizou a natureza desse trabalho: "A melhor câmera é aquela que está com você."
Ele começou o projeto em novembro do ano passado e chegou a tirar 1.100 fotos em um só dia. Sua ideia é transformar o trabalho em uma exposição no mundo off-line.
O Google anunciou nesta quinta-feira (28) o lançamento de uma espécie de "e-mail de última geração", que mistura aspectos de rede social, correio eletrônico e programas de mensagens instantâneas. O objetivo do produto, chamado Wave, é agilizar a troca de informações entre os internautas, permitindo o rápido compartilhamento de arquivos em texto, fotos e mapas.
Por enquanto, o Google Wave está disponÃvel apenas para 3.000 desenvolvedores. Assim como acontece com o Chrome e o sistema operacional para celulares Android, a plataforma é aberta, para permitir que esses programadores adicionem aplicativos ao serviço. De acordo com a empresa, o sistema será aberto para usuários finais até o fim do ano.
A ideia é que os usuários saibam, em tempo real, o que seus contatos estão fazendo. Ao contrário do que acontece com o Windows Live Messenger, (popularmente conhecido como MSN) e nos sistemas de e-mail, em que é necessário que um usuário clique em "enviar" para que o outro receba a mensagem, no Wave as letras já aparecem enquanto o texto é digitado.
Também é possÃvel adicionar fotos que estejam armazenadas no computador do internauta --uma ferramenta monta uma apresentação de slides com as imagens enviadas pelas pessoas que participam da conversa. Só têm acesso a esses dados os internautas adicionados à conversa.
O Wave também permite que vários usuários editem um documento de texto, por exemplo, ao mesmo tempo. O programa mostra as alterações feitas por cada um.
Há também a possibilidade de adicionar mapas e games ao sistema --durante apresentação em São Paulo, executivos mostraram o protótipo de uma partida de xadrez que pode ser jogada pelo serviço. O Google também promete uma ferramenta para a adição de vÃdeos.
Ainda não está claro como a ferramenta vai se integrar a outros produtos do Google, como o Docs e o Gmail, para impedir a "canibalização" entre os serviços.
"O Gmail é um serviço muito popular, várias pessoas o usam em todo o mundo. Estamos estudando modos de integrar o Wave a outros dos nossos serviços", afirma Lars Rasmussen, coordenador do projeto, desenvolvido pela unidade australiana da companhia.
O lançamento é uma resposta ao fato de o sistemas de e-mail estarem perdendo popularidade, devido à concorrência com redes sociais e sistemas de troca de mensagens instantâneas --o correio eletrônico tende a ser considerado um instrumento muito sisudo e protocolar.
O número de internautas residenciais ativos --que acessam a rede ao menos uma vez ao mês-- chegou a 25,5 milhões em abril no Brasil, uma alta de 13,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com março, houve estabilidade, segundo dados do Ibope Nielsen Online.
Segundo José Calazans, analista do instituto de pesquisa, os dados são positivos, já que historicamente o mês de março é forte no que se refere ao acesso à web. "Essa estabilidade é natural. Mesmo em perÃodos de amplo crescimento da internet, em alguns meses aparecem pequenas quedas, dependendo dos dias úteis do mês", diz o analista.
Em abril, o Brasil se manteve na liderança no que se refere ao tempo gasto na internet --nesse quesito, houve queda de 8% na comparação com março e crescimento de 6% em relação a abril de 2008. O internauta residencial ficou, em média, 24 horas e 7 minutos conectado. Depois aparecem Reino Unido (23 horas e 3 minutos), Japão (22 horas e 53 minutos) e França (22 horas e 15 minutos.).
Calazans ressalva que abril teve dois feriados prolongados no Brasil, o que afeta o tempo médio de navegação. Em março, 75% dos internautas navegaram pelo menos uma vez em alguma terça-feira do mês. Já no mês de abril, o Ãndice de navegação à s terças-feiras caiu para 69%, reflexo do feriado de Tiradentes (21), que caiu neste dia.
"Quando os feriados são prolongados [portanto incentivam viagens], o tempo médio de navegação e de número de usuários residenciais diminui, ou pelo menos não cresce. Por outro lado, quando os feriados são no meio da semana, as pessoas não viajam, ficam em casa e navegam mais", afirma Calazans.
Levando em conta os brasileiros de 16 anos ou mais de idade com posse de telefone fixo ou móvel, o Ibope que existam 62,3 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente (residências, trabalho, escolas, LAN houses, bibliotecas e telecentros). O dado é atualizado trimestralmente.
Para gravar no computador o que você ouve na internet, uma boa opção é usar o Audacity (
audacity.sourceforge.net), software de edição de áudio gratuito em código aberto para Windows, Mac OS X e Linux.
Na lista que aparece na tela principal do software, selecione o item Stereo Mix ou Wave Out --o termo depende do sistema operacional usado.
Antes de reproduzir o conteúdo, clique no botão vermelho para gravar. Quando terminar, pressione o botão Parar (em formato de quadrado).
Para salvar o arquivo em MP3, é preciso instalar o Lame, codificador de MP3 também gratuito. Há uma versão especÃfica para o Audacity em
href="http://lame.buanzo.com.ar/" target="_blank"> lame.buanzo.com.ar.
Para salvar o arquivo em MP3 no Audacity, clique em arquivo e em Exportar como MP3. Na primeira vez que fizer isso, ela pedirá que você localize o arquivo
lame_enc.dll, do Lame.
No Windows, ele fica por padrão na pasta Lame for Audacity, dentro de Arquivos de Programas. Depois, você pode preencher as informações da música, como
nome do artista, tÃtulo e ano de gravação --úteis para manter sua biblioteca digital organizada.