NW-A306 e NW-ZX707 são os novos reprodutores de música da família Sony Walkman; gadgets contam com Wi-Fi para fazer streaming de músicas pelo Spotify, Deezer e mais
Com a evolução dos celulares e smartwatches, aparelhos como iPod e o popular MP3 perderam o sentido. Mas a Sony pensa diferente: nesta quinta-feira (12), a marca japonesa apresentou dois reprodutores de mídias da linha Walkman com Android 12, o NW-A306 e o NW-ZX707. A dupla oferece bateria de longa duração e suporte a apps de streaming, como o Spotify, YouTube, Apple Music e outros.
Sony Walkman NW-ZX707 Foto: Divulgação/Sony / Tecnoblog
A estreia dá um refresco à marca Walkman, que chegou até a aparecer nos discmans da Sony (ai, minha coluna).
Comecemos pelo modelo mais simples e mais acessível, o NW-A306. O grande destaque do lançamento fica pela bateria que promete até 36 horas de reprodução de músicas - ou seja, um dia e meio.
O lançamento segue o mesmo design de um smartphone, com o formato em barra, e pesa 113 gramas. Todavia, a tela mede 3,6 polegadas, quase a metade do display do iPhone 14 e Galaxy S22.
Além disso, o player de música traz vários botões na lateral para controlar tanto o volume quanto a reprodução de músicas sem depender apenas do display.
O armazenamento pode ser de 32 GB ou 64 GB, a depender da escolha do consumidor. Este espaço pode ser ocupado tanto por músicas guardadas em apps de streaming quanto por arquivos em MP3, M4A e demais formatos.
Para a alegria dos audiófilos, o player também reproduz músicas com a qualidade de CD e sem perda de definição.
Para se conectar à internet, o dispositivo traz Wi-Fi 5 com suporte às bandas de 2,4 GHz e 5 GHz. O lançamento ainda conta com Bluetooth 5.0 com suporte aos seguintes códigos: SBC, AAC, LDAC, aptX e aptX HD.
Sony Walkman NW-A306
Foto: Divulgação/Sony / Tecnoblog
Sony Walkman NW-ZX707 traz tela maior
A Sony também revelou um modelo para quem busca algo mais rebuscado: o Walkman NW-ZX707.
Com tela maior, de 5 polegadas, o lançamento segue a mesma proposta. Mas a bateria oferece uma duração menor, de até 25 horas, ao ouvir músicas.
Assim como o NW-A306, a carga dura menos tempo ao ouvir músicas com mais qualidade.
Outra semelhança fica pela presença do amplificador S-Master HX, que ajuda a deixar o som mais limpo sem ruidos e distorções. Mas você também pode usar o Spotify, Deezer, Apple Music e outros apps graças ao Android 12.
https://www.youtube.com/watch?v=nvIL9xhhNwY
Preço e disponibilidade
No Japão, o NW-A306 chegará às lojas com preços a partir de 46.000 ienes, o equivalente a cerca de R$ 1.830 em conversão direta. Este modelo, cabe ressaltar, será comercializado na Europa.
O NW-ZX707 será exclusivo para o Japão. Neste caso, o player vai custar 104.000 ienes (R$ 4.145).
Não há previsão de lançamento dos dispositivos no Brasil.
Tecnologia foi apresentada na última semana e pode ser opção para acabar com vozes mecânicas em ferramentas de texto
A Microsoft apresentou, na última semana, uma inteligência artificial (IA) capaz de imitar vozes de pessoas em poucos segundos, revelando o fortalecimento do uso de áudio para alimentar algoritmos chamados text-to-speech. Chamado de VALL-E, a IA precisa de apenas três segundos para ouvir, sintetizar e imitar uma voz humana em diferentes contextos.
Segundo a empresa, esse é um novo modelo de linguagem para síntese de texto para fala (text-to-speech, TTS na sigla em inglês), que visa tornar mais natural a forma com que textos podem ser transformados em áudios — uma tentativa de evitar a voz mecânica ou despersonalizada, de assistentes de áudio ou aplicativos como Google Tradutor, por exemplo).
Para isso, mais de 60 mil horas de gravações serviram de treino para que a IA pudesse identificar diferentes características e tom de voz humano, em situações distintas de humor e de ambiente externo.
Nos exemplos apresentados pela Microsoft, amostras de áudio de bancos como o LibriSpeech Samples e VCTK Samples são utilizados como base para gerar falas de textos pré-definidos. Assim, após a identificação da entonação e de fatores como frequência e timbre, o texto é "imitado" pela inteligência com a mesma voz ouvida na amostra.
As gravações, que serviram de base para o algoritmo, porém, foram feitas todas em inglês, único idioma que o VALL-E suporta até o momento. O resultado, de acordo com a Microsoft, oferece a preservação "da emoção do locutor e o ambiente acústico do prompt acústico na síntese".
Outro ponto do VALL-E destacado pela Microsoft é a possibilidade de combinar suas ferramentas com outros tipos de IA, como a GPT-3, por exemplo, um gerador conversacional de textos da startup americana OpenAI. Ambas as tecnologias são consideradas generativas, ou seja, podem criar conteúdo a partir de amostras.
IA é da DoNotPay, que negocia dívidas e cancela assinaturas; fundador da empresa afirmou que isso está "tecnicamente dentro das regras"
Normalmente, o uso de um aparelho assim nos ouvidos seria considerado ilegal na maioria dos países
Foto: Pixabay
Pela primeira vez, a inteligência artificial será usada para advogar a favor de um réu em um tribunal. No julgamento, que acontecerá nos EUA em fevereiro, a IA ouvirá todo o discurso por meio de um celular e depois aconselhará o réu sobre o que dizer pelo fone de ouvido, de acordo com publicação do New Scientist.
A localização do tribunal e o nome do réu estão sendo mantidos em sigilo pela empresa que criou a IA, a DoNotPay. Apesar de já desempenhar outras funções, o objetivo primordial da empresa era criar um “robô-advogado”. O réu que estará no tribunal irá contestar uma multa recebida por excesso de velocidade.
A assistência jurídica prestada pela ferramenta é baseada em um banco de dados de casos semelhantes. Assim, está preparada para não só preparar a defesa, mas também responder a diferentes questões que podem ser levantadas pela acusação. O algoritmo cobra uma taxa mais barata que um advogado humano.
O algoritmo cobra uma taxa mais barata que um advogado humano
Foto: Pixabay
Normalmente, o uso de um aparelho assim nos ouvidos seria considerado ilegal na maioria dos países, mas a DoNotPay achou uma brecha na legislação em que ele pode ser considerado um “aparelho auditivo” e assim, permitido.
O fundador da empresa, Joshua Browder, afirmou: “Está tecnicamente dentro das regras, mas não acho que esteja dentro do espírito das regras”.
Browder defende que demorou muito para treinar a IA, com uma vasta quantidade de jurisprudência necessária para torná-la útil. Tópicos sobre a lei de imigração, por exemplo, antes ausentes, agora já estão incluídos no app. A empresa diz ter participado de cerca de 3 milhões de casos nos EUA e no Reino Unido.
A tecnologia por trás dessa IA é o sistema GPT-3, conjunto de ferramentas que usa a aprendizagem de máquina para gerar respostas detalhadas em forma de texto. Ele foi desenvolvido originalmente pela OpenAI.
Outras aplicações
A IA da DoNotPay surgiu em 2015 e já é conhecida por negociar dívidas e cancelar assinaturas, evitando que o cliente passe horas no telefone. Ela é capaz de conversar por bate-papo ao vivo ou e-mail, interagindo como se fosse o próprio usuário.
Em uma demonstração postada no Twitter, ela solicitou uma taxa melhor para um serviço de internet, em um chat ao vivo da empresa. No final da conversa, ela consegue um desconto de US$ 10 (aproximadamente R$ 5,30).
Golpes envolvendo os nomes de personalidades prometendo grandes investimentos em criptomoedas devem se tornar mais eficazes com ajuda dos deep fakes
Entre a crise econômica e tecnologias avançadas chegando às mãos dos criminosos, uma das principais apostas do cibercrime para 2023 está no uso de deep fakes para aplicação de golpes com criptomoedas. É o que aponta um alerta da empresa de segurança McAfee, que colocou esta como a principal tendência para o ano novo, principalmente diante de usuários e investidores cada vez mais vulneráveis.
A receita é simples: as dificuldades financeiras tornam esquemas que prometem dinheiro fácil ou retorno rápido para supostos investimentos um bocado atrativos, principalmente quando elas acompanham a imagem de personalidades. É aí que entram os deep fakes, tornando mais convincentes um golpe já conhecido, mas que segue sendo aplicado com alta taxa de sucesso pelos criminosos.
O bilionário Elon Musk, assim como as empresas Tesla e SpaceX, são os que mais aparecem na velha fraude que promete multiplicar os valores enviados a uma determinada carteira de criptomoedas. O principal meio atual de forjar esse tipo de oferta é a partir de transmissões ao vivo publicadas no YouTube, normalmente vídeos antigos e verdadeiros dos retratados, mas não relacionados ao golpe; a tecnologia de simulação, então, preenche o abismo que falta para tornar as fraudes ainda mais convincentes.
Foto: Divulgação/ESET / Canaltech
De acordo com a McAfee, essa tendência de ameaças também deve se aplicar ao metaverso, com o desconhecimento das pessoas sobre o funcionamento da tecnologia levando a um aumento nos golpes. No final das contas, tudo se resume a lucro para os cibercriminosos, com 2022 devendo fechar acima dos mais de US$ 1,4 bilhão em perdas registradas no ano anterior; e o seguinte deve ser ainda pior.
A recomendação aos usuários é que fiquem atentos a golpes que prometam retornos financeiros absurdos ou ofertas que pareçam boas demais para serem verdade — elas normalmente não são. Antes de transferir valores ou passar o cartão de crédito, procure sites oficiais e serviços de atendimento em busca de informações sobre a suposta promoção, evitando qualquer contato caso não tenha certeza de que a proposta é legítima.
Produção de energia por fusão nuclear, plantação em solo lunar e transplante de coração de porco estão entre os destaques
O noticiário científico esquentou durante o ano de 2022 com descobertas físicas, químicas, biológicas e tecnológicas. Na retrospectiva do que aconteceu durante esses 12 meses, a equipe do Byte separou 8 grandes momentos da ciência com descobertas e atuações imprescindíveis para evitar catástrofres. Confira:
1. O surto contido de mpox
Se durante 2020 e 2021 as novidades foram marcadas pela pandemia da covid, que ainda permanece sendo uma emergência de saúde em alguns países, este ano também teve uma doença responsável por muitas manchetes de preocupação: a mpox (anteriormente conhecida como monkeypox).
2022 foi marcado por diversos avanços na ciência
Foto: Mais Goiás
Foram mais de 88 mil registros e 66 mortes de mpox em 2022 — números muito diferente do que vimos com o coronavírus. Apesar de ser uma doença zoonótica viral, o que significa que pode se espalhar de animais para humanos e também pode se espalhar entre as pessoas, as vacinas já aprovadas e uma comunidade científica pronta para agir garantiram que o surto não tomasse proporções maiores.
2. Primeiro transplante de coração de porco bem-sucedido
Em 7 de janeiro, em uma cirurgia inédita, um homem de 57 anos com doença cardíaca terminal recebeu um transplante bem-sucedido de um coração de porco geneticamente modificado. O paciente, David Bennett, não se qualificava para um transplante de coração tradicional, e os médicos consideraram essa como sua última esperança.
Bennett faleceu em março, mas não devido à falência do órgão. O coração transplantado funcionou bem por várias semanas e não apresentou nenhum dos sinais típicos de rejeição pelo corpo, mesmo quando examinado durante a autópsia.
3. Genoma humano está completo após 20 anos
Em 2003, o Projeto Genoma Humano mapeou cerca de 92% do genoma humano, e os últimos 8% que faltavam foram decodificados este ano, em março. O código inclui numerosos genes e DNA repetitivo, e são comparáveis em tamanho a um cromossomo inteiro.
Pesquisadores conseguiram gerar a sequência completa do genoma usando uma linha celular especial que possui duas cópias idênticas de cada cromossomo, ao contrário da maioria das células humanas, que carregam duas cópias ligeiramente diferentes.
Esquema do uso do solo lunar para a conversão de CO2 não-tripulada (Imagem: Reprodução/Science China Press)
Foto: Canaltech
4. Plantas cultivadas em solo lunar
Em maio, cientistas cultivaram com sucesso plantas no solo da Lua, o primeiro registro do tipo na história da humanidade e um marco na exploração lunar e espacial. As amostras, coletadas durante as missões Apollo 11, 12 e 17, foram emprestadas pela Nasa. Pesquisadores usaram poços do tamanho de dedais em placas de plástico usadas no cultivo de células.
Enquanto quase todas as plantas lunares brotaram, houve diferenças entre as plantas cultivadas em solo lunar e o grupo de controle. Por exemplo, algumas das plantas cultivadas na lua eram menores, cresciam mais lentamente ou tinham tamanhos mais variados do que as do outro grupo.
5. Dados do Telescópio Espacial James Webb
Em 24 de janeiro de 2022, o mais poderoso e complexo telescópio de ciência espacial do mundo chegou a seu destino orbital. Mas apenas em 12 de julho, a Nasa revelou as cinco primeiras imagens tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb.
As imagens com uma quantidade de detalhes inéditos deixaram o mundo impressionado. Desde então, Webb capturou algumas das primeiras galáxias do universo (possivelmente até as estrelas mais antigas da região), revisitou o local dos Pilares da Criação e detalhou perfil químico da atmosfera de um exoplaneta pela primeira vez.
As colisões geram partículas que saem voando em diferentes direções
Foto: Cern / BBC News Brasil
6. Partícula de Bóson W
A medição da massa de uma partícula elementar chamada "Bóson W" fez físicos se animarem este ano. Dados do Collider Detector no Fermilab (CDF) sugerem que a partícula é mais pesada do que o esperado — se isso for confirmado, a descoberta seria exatamente o tipo de brecha que pesquisadores procuram no modelo padrão da física de partículas.
Apesar disso, os cientistas permanecem cautelosos. Todas as atenções estão agora voltadas para o Grande Colisor de Hádrons, que deve reiniciar seus experimentos após uma reforma de três anos. A esperança é que esses testes forneçam resultados que estabelecerão as bases para uma nova teoria da física mais completa.
7. Energia produzida por fusão nuclear é anunciada
O Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, confirmou no dia 13 de dezembro que um reator conseguiu produzir mais energia do que a utilizada para iniciar o processo de fusão nuclear pela primeira vez. Este é um grande passo para a aplicação de energia limpa, segura e potencialmente inesgotável.
A energia de fusão nuclear é produzida por um processo semelhante ao que ocorre no núcleo das estrelas como o Sol: com calor, pressão e confinamento, os núcleos de átomos de hidrogênio se fundem, liberando enormes quantidades de energia.