O Congresso Mundial de Mobilidade, que aconteceu em Barcelona nesta semana, mostrou que a tecnologia de conexão sem fio WiMAX continua sendo uma aposta das grandes fabricantes.
Muitas empresas exibiam dispositivos móveis para internet (MID, na sigla em inglês) com capacidade WiMAX, que permite banda larga sem fio e móvel para os aparelhos.
A Samsung, por exemplo, mostrava desde portáteis que já existem na Coreia, como um MID-origami que se desdobrava para apresentar um alentado teclado (veja fotos no blog www.folha.com.br/circuitointegrado), até produtos que devem ser lançados nos EUA e na Europa neste ano.
De acordo com o WiMAX Forum, em 2010, a tecnologia vai chegar a 800 milhões de pessoas. A Quantum mostrou, em Barcelona, um aparelho celular de baixÃssimo custo com capacidade para usar redes WiMAX e GSM.
Isso mostra que a tecnologia pode ajudar a expandir o acesso à internet banda larga sem fio. Mas esse tipo de conexão sem fio também apareceu, no evento, em aplicações além do uso pessoal, como para transmitir vÃdeos em circuitos de câmeras de vigilância.
Quarta geração
Outra tecnologia com destaque no evento é a LTE (Long Term Evolution), considerada por muita gente a quarta geração de tecnologias de comunicação sem fio. Ela ainda não está disponÃvel comercialmente.
Algumas empresas mostravam, em seus estandes, circuitos de TV de alta definição ao vivo, filmando o evento, usando a tecnologia.
Mas a Motorola foi mais longe, com um carro que circulava pelas ruas catalãs e podia ter a ação vista ao vivo, em alta definição, no evento, entre outras demonstrações da LTE.
A Coreia do Sul tenta realizar acordos para comercializar sua tecnologia de banda larga sem fio WiBro no Brasil e em outros paÃses da América Latina, com uma missão comercial liderada pelo vice-ministro de Economia sul-coreano Kim Young-hak, informou nesta terça-feira (10) a agência local "Yonhap".
A partir desta semana, 50 executivos de empresas privadas e públicas, com o vice-ministro sul-coreano à frente, visitarão --além do Brasil-- a Colômbia e o Peru para apresentar as vantagens da tecnologia WiBro, das transmissões digitais multimÃdia e da televisão pela internet.
A WiBro é um tipo sul-coreano de rede WiMax, que é uma tecnologia de internet banda larga e telefonia sem fio. Uma das empresas encarregadas do desenvolvimento do WiBro no paÃs é a Samsung Electronics.
Para o governo sul-coreano, o mercado latino-americano é atrativo, pois espera-se que nos próximos anos a demanda pelas conexões de alta velocidade cresça notavelmente.
Além disso, segundo o Ministério da Economia do Conhecimento da Coreia do Sul, os paÃses da região registraram um crescimento econômico contÃnuo e estável, mas continuam carecendo de modernas infraestruturas para as tecnologias da informação e da comunicação.
A Dell anunciou, na quinta-feira (12), o lançamento, nos EUA, de um computador para ser colocado na cozinha. Com tela sensÃvel ao toque, o Studio One 19 é voltado para tarefas como navegação na internet, multimÃdia básica e notas.
"Você pode assistir o conteúdo do HD, ver fotos, navegar na internet ou consultar as contas a pagar", disse John New, executivo de marketing da Dell.
Segundo o site da revista Wired, a oferta da Dell vem na esteira dos lançamentos de produtos similares das marcas Asus e HP. A HP trouxe o TouchSmart PC, lançado no ano retrasado, enquanto a Asus ofereceu o Eee Top, com tela sensÃvel ao toque, no começo deste ano.
Os usuários do Studio One 19 poderão escolher entre processadores Intel Celeron, Dual Core Celeron, Core 2 Duo e Core 2 Quad Core. Também há a possibilidade de escolha entre processadores gráficos Nvidia 9200 ou 9400, e de expansão da memória para 4 GB.
O desktop também possui 750 GB de disco rÃgido, seis portas USB, web câmera e entrada para Blu-ray opcional. Além disso, é possÃvel escolher as cores da estrutura do computador --azul, preta, vermelha e rosa.
"A ideia é dar aos consumidores flexibilidade e personalização ao comprar a máquina, enquanto ofertamos um design inovador", disse New.
O Studio One 19 já disponÃvel no Japão, e chega nos EUA em poucas semanas, a US$ 700 (cerca de R$ 1.620), sem tela sensÃvel ao toque, e US$ 800 (R$ 1.850), com a versão touchscreen.
Segundo a assessoria de imprensa da Dell, não há previsão de lançamento do desktop no Brasil.
A Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês) informou que estuda a ampliação de domÃnios na internet a partir da opinião do público, por meio de um fórumon-line.
Aberto até o dia 13 de abril, o site servirá como uma ouvidoria a respeito do assunto. O anúncio foi feito na segunda-feira (9), como resultado de um encontro público realizado semana passada, na Cidade do México.
A ideia da organização é estender os atuais 21 TLDs (da sigla em inglês, "domÃnio de topo de nÃvel", que é a parte final de um domÃnio de internet, como.com,.net,.info ou.org) para outros sufixos de internet mais especÃficos e segmentados (como, por exemplo,.auto para empresas que trabalham com automóveis).
A Icann afirma que mais TLDs são necessárias porque, como mais partes do mundo estão conectadas e mais sites são criados, os domÃnios disponÃveis estão se esgotando.
Mas, segundo o site australiano da PC World, a proposta sofreu duras crÃticas de corporações, porque abre precedentes para violação de marcas.
"Companhias compram registros de domÃnios na internet porque sentem que devem fazê-lo, a fim de impedir que suas marcas sejam enfraquecidas por parasitas", afirmou o advogado John Mackenzie, da empresa Pinsent Masons, em seu blog.
Bento 16 X Al Gore
O defensor do ambiente Al Gore é um dos que endossam e tentam persuadir a Icann para a ampliação de domÃnios --a ideia é criar um exclusivo para assuntos ambientais na internet.
O.eco seria utilizado por organizações e grupos ligados à defesa do ambiente --que, até então, usam o sufixo.org para o endereço eletrônico na rede. No entanto, para isso, ele "enfrenta" um adversário de alto escalão: o papa Bento 16.
O papa é contra a medida porque, segundo o "The Daily Telegraph", abriria possibilidade da criação de extensões como.anglican ou.hindu. "E, possivelmente,.bruxa ou.satan", ironiza o jornal.
O Vaticano escreveu para o Icann advertindo que essa "disputa penosa" pode resultar na existência de "domÃnios controversos" na base da religião e de congregações.
O browser do iPhone é o lÃder do mercado de navegadores de internet móvel, de acordo com uma pesquisa inédita divulgada pela empresa norte-americana de estatÃsticas Net Applications no domingo (1º).
A pesquisa aponta que o navegador do iPhone detém 67% das navegações na internet via celular, enquanto os demais aplicativos dividem o restante do mercado.
A análise aponta, no entanto, para um crescimento rápido de navegadores como o Android, desenvolvido pelo Google. "Isso não significa que o browser do iPhone esteja sofrendo um encolhimento", afirma o relatório. "Porque é um mercado que cresce rapidamente em todos os lugares."
Em menos de cinco meses, o navegador Android cresceu mais de 6% no mercado de internet móvel. Outros navegadores também tiveram crescimento semelhante --o Windows Mobile, da Microsoft, conquistou 6,91% do mercado, enquanto o Symbian, da Nokia, obteve 6,15%.
O Java ME, da Sun Microsystems, aparece com 9% de uso, devido à popularidade entre programadores para criação de games e outros aplicativos de celulares.
O navegador do BlackBerry, por sua vez, aparece com uma pequena percentagem de uso e, portanto, inclusa na categoria "outros" (2,75%).
Entretanto, a metodologia utilizada na pesquisa não inclui a tecnologia via WAP (navegação por wireless, na sigla em inglês), amplamente usado pelo BlackBerry e outros aparelhos, até o iPhone surgir com o navegador desenvolvido com linguagens de programação Javascript e HTML.
"Em outras palavras, a Net Applications considerou a disputa de navegadores para internet móvel usando preceitos do sistema desenvolvido pelo iPhone", afirma o colunista Philip Elmer-DeWitt, da revista norte-americana "Fortune".