A Microsoft está colocando em prática um plano para popularizar o uso dos computadores no Brasil. Nesta semana, ela anuncia, em parceria com a Telefônica e a Positivo Informática, o computador pré-pago.
A idéia da iniciativa dessas empresas é alugar máquinas conectadas à internet de alta velocidade, com softwares instalados -incluindo programas antivÃrus-, assistência técnica e seguro.
A operação será capitaneada pela Telefônica, que só oferecerá cem computadores. "É um teste antes de lançarmos o produto no mercado", afirma Fábio Bruggioni, vice-presidente da Telefônica Negócios.
Não é preciso ter linha telefônica para contratar o serviço. Três planos estarão disponÃveis e o contrato terá validade de dois ou três anos.
As mensalidades começam em cerca de R$ 170 e variam de acordo com a configuração das máquinas adquiridas. O pacote pleno oferece um limite de até oito megabytes para troca de dados em uma rede de até 30 computadores.
Essa parceria pretende facilitar o acesso de pequenas e médias empresas à tecnologia. Segundo a Telefônica, até mesmo consumidores que tenham restrições de crédito poderão pleitear o serviço.
Isso porque o novo computador produzido pela Positivo terá um software da Microsoft conhecido como FleGo. Por meio dele, será possÃvel desligar o equipamento remotamente caso o pagamento da fatura não seja efetuado.
"O programa avisa quando o micro ficará inoperante após 15 dias do vencimento," explica Jorge Salles, diretor-geral de negócios da Microsoft para a América Latina.
Com a instalação desse dispositivo, a inadimplência praticamente desaparece.
Novos rumos
As inovações não param por aÃ. No segundo trimestre de 2008, a Microsoft fará um novo teste para avaliar o comportamento dos consumidores de baixo poder aquisitivo. "Vamos dar mais um passo na consolidação do PC pré-pago", afirma Salles.
O projeto é vender os micros em três redes varejistas. Para adquirir o PC pré-pago, o cliente dará uma entrada de até 30% do preço da máquina. Contudo, o equipamento só funcionará se ele comprar cartões com créditos de uso.
Ainda não está definido onde os cartões serão adquiridos. Os valores pagos por eles vão abatendo o restante da dÃvida com a loja. "Quanto mais o cliente usar o computador, mais rápido efetuará o pagamento", disse Salles. Só depois de quitado é que o computador passa a ser do consumidor.
Diferença
Essa é a principal diferença em relação ao produto a ser lançado nesta semana pelas três empresas. Ao término do contrato, o cliente devolverá o equipamento. Também poderá renovar a assinatura e, nesse caso, receberá um novo computador.
Outras iniciativas estão na fila de espera. A Microsoft estuda ainda lançar no Brasil um computador "patrocinado" por anunciantes, que custaria mais barato. "Seria como um site, cuja fonte de receita são os anúncios feitos em banners", explica Salles.
O potencial do negócio é enorme. De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), existem cerca de 5 milhões de micro e pequenas empresas e poucas investem em tecnologia devido aos altos custos envolvidos.
Com o aumento das vendas de notebooks, o Brasil passou do 7º ao 4º lugar no ranking mundial de vendas de computadores, segundo dados da empresa de pesquisa IDC. Os principais mercados são Estados Unidos, China e Japão.
De acordo com a companhia, foram comercializados 2,1 milhões de notebooks e desktops de abril a junho, o que representa um aumento de 20% em relação ao mesmo perÃodo do ano passado.
As vendas de computadores portáteis chegaram a 300 mil unidades no segundo trimestre deste ano, de acordo com o IDC.
Para a empresa, o aumento não aconteceu devido à queda de preços dos notebooks, e sim devido às melhores condições de pagamentos e à oferta de modelos melhores de portáteis.
O Brasil foi o terceiro paÃs do mundo em vendas de desktops de abril a junho, segundo ranking do IDC.
Nas vendas de notebooks, o paÃs ficou em 15º lugar no perÃodo. Em 2004, o Brasil ficou em 33º lugar nessa comparação.
Vint Cerf, 64, um dos cientistas da computação que criaram a internet há 30 anos, afirmou que os dias da televisão atual estão contados. Ele disse ainda que está trabalhando com outros especialistas em um sistema para o uso da rede na comunicação espacial.
Em um palestra no Festival Internacional de Televisão em Edimburgo, publicada pelo jornal "The Guardian", Cerf declarou que a TV se aproxima do mesmo momento crÃtico que a indústria musical teve de enfrentar com a chegada do som digital, como o formato MP3.
"Quase 85% de todo o material de vÃdeo que vemos é pré-gravado. Uma pessoa pode preparar o próprio sistema para fazer os downloads convenientes à vontade", explicou Cerf, atual vice-presidente do Google e presidente da ICANN, a organização que coordena a internet.
"Vamos continuar precisando da televisão para certas coisas, como notÃcias, eventos esportivos e emergências, mas cada vez mais vai ser quase como com o iPod, no qual se pode baixar conteúdo para ver mais tarde", afirmou.
Dirigindo-se aos diretores da indústria da televisão, Cerf encorajou-os a parar de ver a internet como uma ameaça à sobrevivência do meio de comunicação, em vez de uma grande oportunidade.
O especialista americano, que criou os protocolos TCP/IP usados atualmente, previu que em breve a maioria verá a televisão pela internet. Essa revolução pode significar a morte dos canais tradicionais em favor de novos serviços interativos.
"No Japão, já é possÃvel baixar o conteúdo de uma hora de vÃdeo em apenas 16 segundos", declarou. "Já estamos começando a ver a forma de misturar e combinar informações. Imagine a possibilidade de fazer uma pausa em um programa de TV e utilizar o mouse para clicar em qualquer um dos diferentes Ãcones que aparecem na tela e ver mais coisas sobre o assunto."
Por outro lado, Cerf advertiu que não se deve crer em quem adverte que o aumento do vÃdeo na rede poderia causar seu colapso (como dizem alguns provedores). Ele disse que "estamos ainda longe de esgotar a capacidade".
Cerf contou que trabalha atualmente no desenvolvimento da internet para utilizá-la em comunicações com veÃculos espaciais, inclusive os interplanetários enviados a Marte.
"Até agora, viemos utilizando a chamada Rede do Espaço Profundo [DSN, na sigla em inglês] para nos comunicar pelo espaço mediante sinais de rádio. Do que eu e meus colegas gostarÃamos seria utilizar para isso uma versão da internet", afirmou.
O juiz federal Marcelo Freiberger Zandavali, da 3ª Vara Federal de Bauru, condenou a Telefônica a indenizar clientes atuais e antigos do serviço de banda larga "Speedy" pela contratação de provedor de Internet. A decisão da Justiça também proÃbe que a empresa de telefonia exija a contratação de provedor para o acesso ao serviço de internet de alta velocidade. A sentença atendeu a uma ação do Ministério Público Federal de 2003.
A Telefônica, por meio de sua assessoria, comunicou que deve se manifestar ainda hoje sobre a decisão do juiz.
"ProÃbo a ré Telecomunicações de São Paulo [Telefônica] de exigir, dos usuários do serviço Speedy no Estado de São Paulo, a contratação de terceiro como provedor de acesso à Internet, a contar do mês de setembro de 2003", afirma o juiz no despacho.
Há quatro anos, o Ministério Público entrou com uma ação para que a Telefônica desobrigasse os usuários de contratar um provedor à parte para ter acesso ao serviço Speedy. A ação também embutia o pedido para que companhia telefônica indenizasse "usuários e ex-usuários por danos patrimoniais e morais em razão de prática abusiva".
O Ministério Público argumentou na época que a Telefônica incorria na prática de venda casada e que a empresa tinha condições próprias de fornecer o serviço de acesso à Internet de alta velocidade sem necessidade de provedor.
Em sua defesa, a Telefônica alega que somente estava habilitada para prestação de Serviço Telefônico Fixo Comutado, "no qual se insere o transporte de dados em alta velocidade (Speedy), sem, entretanto, compreender o acesso à rede Internet".
A empresa também rebate a acusação de prática de venda casada, sob o argumento que o provedor é somente um "serviço de valor adicionado" ao produto Speedy.
Em seu despacho, o juiz aceita os argumentos do Ministério Público e ainda determina que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) permita à Telefônica "prestar o serviço de acesso à Internet, por meio do serviço Speedy, sem a necessidade de contração, por parte dos consumidores do Speedy, de terceiro ´provedor´ de acesso".
A Sharp anunciou hoje (22) ter desenvolvido o mais fino e leve televisor com tela de cristal lÃquido (LCD) do mundo. O modelo LCD de 52 polegadas, com espessura de 20 milÃmetros em seu "display" e peso de 25 quilos, consome apenas metade da energia usada por protótipos dotados de telas de tamanho semelhante.
O televisor "velho" de LCD com tela de 52 polegadas da Sharp tem 81 milÃmetros de espessura e pesa 30,5 quilos. Neste ano, na maior feira de tecnologia do mundo, a Cebit, a Sharp também revelou o que diz ser a maior TV de LCD do mundo.
A Sharp, terceira maior fabricante mundial de TVs LCD, atrás da Samsung Electronics e da Sony, não informou os preços dos novos modelos, mas anunciou que planeja começar a produzi-los a partir de março de 2010.
A empresa se adiantou assim ao lançamento de TVs com telas equipadas com tecnologia de diodos orgânicos emissores de luz, conhecidas por sua pequena espessura e alta qualidade de imagem.
A Sony anunciou em abril que planejava começar a vender televisores no padrão "OLED" no final deste ano, tornando a nova tecnologia uma promissora concorrente no setor de TVs de tela estreita.
O conglomerado de eletrônica e entretenimento já mostrou modelos "OLED" de 11 e 27 polegadas, com o primeiro destes oferecendo espessura de três milÃmetros.